NOTÍCIAS

Lideranças femininas manifestam apoio à ministra Marina Silva

Lideranças femininas manifestam apoio à ministra Marina Silva

Lideranças femininas de sindicatos e associações de servidores públicos manifestaram apoio à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante encontro realizado nesta segunda-feira (2), em Brasília. O grupo, formado por oito entidades, passou às mãos da ministra a Nota de Solidariedade Conjunta, emitida no último dia 28, após os ataques sofridos pela representante do órgão no Senado Federal.

Em sua fala, a presidente do Sinditamaraty, Gabriela Perfeito, elogiou a postura da ministra durante o desrespeito ocorrido na Comissão de Infraestrutura (CI). “A posição que a senhora assumiu foi inspiradora e faz com que a gente tenha esperança de que mais mulheres consigam ter voz contra o assédio que sofrem todos os dias” pontuou.

A presidente também ressaltou a questão do assédio sofrido por mulheres em cargos de liderança e o quanto é importante para o país que elas ocupem essas posições. “Embora o movimento sindical ainda seja um ambiente machista e, predominantemente masculino, existem mulheres engajadas no combate e na luta, não só dos interesses delas, mas de todos os servidores, porquê entendemos que um ambiente de trabalho mais plural e inclusivo, é um ambiente de trabalho que gera benefícios para todo o país”, finalizou.

A ministra Marina Silva agradeceu a presença de todas as mulheres e compartilhou momentos significativos de sua trajetória, como quando ela era a única vereadora e tinha acabado de dar à luz a sua terceira filha e, ainda no resguardo, foi notificada que iriam cassá-la pelo afastamento de 16 dias do Legislativo.

“Eu estava muito sensível naquela ocasião e não havia quem me amparasse diante da situação em que passei. Mas apesar da dificuldade, foi muito interessante ver como a sociedade se levantou em meu favor, a ponto de potencializar mudanças significativas no regimento interno da Casa, garantindo o direito ao resguardo. O que nós estamos fazendo aqui dá sustentabilidade política às nossas agendas. Nós estamos aprendendo a ocupar os lugares de poder” ressaltou.

A ministra destacou: “Tem sido muito fortalecedor a solidariedade que venho recebendo diante daquelas atrocidades e, mais ainda, poder ver na Administração Pública Federal mulheres à frente de suas associações, sindicatos, movimentos.”

O Sinditamaraty reafirma sua posição na luta contra a discriminação e o assédio, e, há anos, tem levado visibilidade a essa violência, que ocorre cotidianamente no Brasil.